quarta-feira, 25 de setembro de 2019

em meu desassossego,
sossego em 
seu colo.

sou-ssego. 
em seu colo,

desde-já-sossego. 

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

círculo da vida



uso óculos pra ler.
choro com canções
que antes cantava.
a barba cresce e embranquece.
brinco com minha sexualidade. 
tenho coragem.
envelheço...

logo chego aos trinta. 
tomo jeito. será que quero?
tenho vivido o efeito “éder”.
um dia te conto.

ao seu lado, 
queria estar agora.
com o pijama que mais gosto.
sente ele? 
você me passa coragem.
um pouco mais, por favor!
rejuvenesço...

caguei pros quarenta e seis da c.i.
vamos beijar na boca? 
de língua e alma. fecho os olhos.
rodopio em felicidade.

sonho películas de amadolvar.
bato asas tal como trevisan.
queria dizer tanta coisa.
o berotec faz falta tem hora.
destoamos da regra,

somos exceção. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

sai do reto

o estupido grita comigo pelo espaço que não tenho.
aí de mim, ó copacabana!
que fico preso 
entre seus calçadões a procura 
do espaço 
da liberdade 
em poder falar, agir e amar

pinto buceta e cu!
sai de reto satanás!, 
sai, que esse espaço de vida
é meu.

quero mais é foder a vida
do escroto que se acha no direito 
de tomar o pouco
espaço
da liberdade 
conquistada,
roubada.

aqui não tem espaço pra ser feliz.
aqui não tem espaço pra ser feliz.
aqui já não tem espaço pra ser feliz.
aqui já não pode ser feliz!

espaço, liberdade, felicidade.
sentimentos roubados pelo
dono da verdade
mentirosa.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Choro Negro

Choro.
Meu choro negro,
De soltar quinquilharias.

Izabel já não me quer,
Maria já não me ouve,
E Solange, aquela que dizia me amar,
Já não deseja minha nudez ao findar o dia.

Eu choro.
Meu choro negro.
Aquele, que solta quinquilharias.

Disfarço meus desejos em notas musicais.
Meu sexo afundo em copos cada vez mais alcoólicos .
E minha voz já não brada!, ela se emudece,
Dia após dia.

Há choro.
Meu choro negro,
Ele que lava e leva a vida.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Seu Brinquedo

O mundo brinca,
Como pião,
Rodo rodo,
E perco-me!
Em ti.
Logo ali...
Braços pernas,
Vem, eu quero,
De uma vez,
Perdido!,
No seu achado,
Roda roda,
Sou pião.          

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Entre almas

Já a mim,
Resta-me o beijo!
Pendurado no canto da boca,
Temendo ser esquecido,
No lenço bordado com seu nome. 

Pior sou eu.
Que mesmo nu,
Defronte ao espelho,
Visto-me com a tristeza
Daquele eterno adeus.

Nada se compara ao que sinto.
Aqui, presa entre tapumes,
A alma desalmada está.
A pobre suspira com tanta dor,
Que tenho até medo
De ir-se embora e deixar-me só.

Ora minha cara, 
Deixemos de choro.

Tempos desconexos 
Esse em que vivemos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Palavra

Sintonia,
Palavra de fim,
Numa única volta...

De que me adianta
A tal,
Se o outro é que me seduz?
Do que me adianta
Ser igual,
Se o diferente é que reluz?

Sintonia,
Palavra de fim,
Numa única volta...